É um transtorno psiquiátrico, resultando na incapacidade de o paciente distinguir a realidade das alucinações que acompanham a crise. Geralmente, este transtorno se desencadeia entre a adolescência e o início da fase adulta da vida uma pessoa.
De acordo com o Ministério da Saúde, as causas dos transtornos esquizofrênicos ainda são desconhecidas. Porém, o modelo de maior aceitação pela ciência é a vulnerabilidade (baseada em fatores biológicos, como a predisposição genética) associada a fatores químicos, psicológicos e ambientais.
A esquizofrenia acontece diante de alterações em vários neurotransmissores e vias neuronais cerebrais. A dopamina, responsável por desempenhar vários papéis no cérebro e no corpo, é um neurotransmissor que tem atividade direta no comportamento, na cognição e no prazer, mas pode atuar como um gatilho para o desenvolvimento da doença.
Normalmente, a dopamina é liberada em situações agradáveis, mas quando isso acontece em excesso em indivíduos que têm predisposição genética a desenvolver esquizofrenia, é como se o cérebro recebesse a informação de que algo diferente está acontecendo, mas, na realidade, não há nada. Esses são os primeiros sintomas de alucinações.
Convivendo com a doença
Em primeiro lugar, é importante atentar-se aos sinais que a esquizofrenia apresenta, quando a doença se manifesta, para realizar um acompanhamento psiquiátrico adequado.
Quando o paciente desenvolve a doença, um dos primeiros sinais apresentados são as crises de alucinações – o cérebro do esquizofrênico não distingue a realidade do que está acontecendo em sua cabeça. Vê pessoas, tem delírios, ouve sons que não estão ocorrendo e não têm capacidade para discernir o que é e o que não é real.
Outro sinal que uma pessoa esquizofrênica pode apresentar é a falta de sentimentos. O paciente não sente nem tristezas, nem alegrias. Além disso, sente-se perseguido pelas pessoas ao seu redor, o que provoca um isolamento social.
Embora as pessoas já tenham ouvido falar sobre esquizofrenia, ainda é um distúrbio pouco conhecido e este desconhecimento traz consigo o preconceito, pois a maior parte das pessoas entendem que esquizofrenia tem a ver com agressividade.
No entanto, é importante esclarecer que pacientes esquizofrênicos não tratados ou com seus tratamentos interrompidos tendem a ser mais hostis do que o comum. Porém, quando devidamente tratado e acompanhado, o paciente não apresenta caraterísticas de violência.
E o tratamento, como é feito?
O tratamento é realizado com acompanhamento psiquiátrico e uso de medicamentos que agem no cérebro do paciente, bloqueando os receptores da dopamina e diminuindo sua atividade. Esse processo ajuda a normalizar as atividades dos neurônios. No entanto, a doença não tem cura.
Além do uso de medicamentos, é muito importante o apoio dos amigos e da família, pois eles poderão auxiliar o paciente na reinserção social, bem como identificar qualquer alteração de hábito ou humor, informando o especialista que o acompanha.